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15 de abr. de 2010

Vaga de emprego!

Juvenal e a vaga de emprego
O Juvenal tava desempregado há meses. Com a resistência que só os
brasileiros tem, o Juvenal foi tentar mais um emprego em mais uma
entrevista. Ao chegar no escritório, o entrevistador lhe perguntou:
- Qual foi seu último salário?
"Salário mínimo", respondeu Juvenal.
Pois se o Sr. for contratado ganhará 10 mil dólares por mês!
Jura?
Que carro o Sr. tem?
Na verdade, agora eu só tenho um carrinho pra vender pipoca na rua e um
carrinho de mão!
Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará um Audi para você e uma BMW
> para sua esposa! Tudo zero!
Jura?
O senhor viaja muito para o exterior?
O mais longe que fui foi pra Belo Horizonte, visitar uns parentes...
Pois se o senhor trabalhar aqui viajará pelo menos 10 vezes por ano,
para Londres, Paris, Roma, Mônaco, Nova Iorque, etc. Jura?
E lhe digo mais... O emprego é quase seu. Só não lhe confirmo agora
porque tenho que falar com meu gerente. Mas é praticamente garantido. Se
até amanhã (sexta-feira) à meia-noite o senhor NÃO receber um telegrama
nosso cancelando, pode vir trabalhar na segunda-feira.
Juvenal saiu do escritório radiante. Agora era só esperar até a
meia-noite da sexta-feira e rezar para que não aparecesse nenhum maldito
> telegrama. Sexta-feira mais feliz não poderia haver. E Juvenal reuniu a
> família e contou as boas novas.
> Convocou o bairro todo para uma churrascada comemorativa a base de muita música.
Sexta de tarde já tinha um barril de choop aberto. As 9 horas da noite a
festa fervia.
A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta. Dez horas, e a
mulher de Juvenal aflita, achava tudo um exagero.
A vizinha gostosa, interesseira, já se jogava pra perto do Juvenal.
E a banda tocava!
e o choop gelado rolava!
O povo dançava!
Onze horas, Juvenal já era o rei do bairro.
Gastaria horrores para o bairro encher a pança. Tudo por conta do
primeiro salário. E a mulher resignada, meio aflita, meio alegre, meio
boba, meio assustada.
Onze horas e cinqüenta e cinco minutos........
Vira na esquina buzinando feito louco uma motoca amarela...
Era do Correio!
A festa parou!
A banda calou!
A tuba engasgou!
Um bêbado arrotou!
Uma velha peidou!
Um cachorro uivou!
Meu Deus, e agora? Quem pagaria a conta da festa?
Coitado do Juvenal! Era a frase mais ouvida.
Jogaram água na churrasqueira!
O chopp esquentou!
A mulher do Juvenal desmaiou!
A motoca parou!
Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?
Si, si, sim, so, so, sou eu...
A multidão não resistiu...
OOOOOHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!
Telegrama para o senhor...
o Juvenal não acreditava...
Pegou o telegrama, com os olhos cheios d água, ergueu a cabeça e olhou
para todos.
Silêncio total.
Respirou fundo e abriu o telegrama.
Uma lágrima rolou, molhando o telegrama...
Olhou de novo para o povo e a consternação era geral.
Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler.
O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava.
E agora? Quem vai pagar essa festa toda?
Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais uma vez para o
povo que o encarava...
Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um berro triunfal e começou a
gritar eufórico...
Mamãe morreeeeuuu! Mamãe Morreeeeuuu!!!!
!!!

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