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25 de jul. de 2008

Qualquer semelhança com o que eu gostaria de fazer com nossos dirigentes, não é mera coincidência.

A Vingança do Pantaneiro

Numa parada em uma das ilhas do Rio Paraguai para assarmos um peixe, fui apresentado pelo nosso barqueiro a um senhor franzinho de nome Manoel. Eu já sabia da história, mas a queria ouvir da boca do autor. E ele, com uma humildade surpreendente, fez o seguinte relato:
--- Eu dei um tiro na barriga do Tónho e deixei-o estrebuchando por dois dias. Ele já estava fedendo, e me implorou para acabar com sua vida. Então peguei a espingarda e dei um tiro bem na sua fuça. Morreu bem aqui onde nós estamos. Depois joguei seu corpo no rio e as piranhas fizeram a festa. Nunca mais acharam o corpo.
--- Mas por que seu Manoel?
--- Porque eu bebia demais e quando caia de bêbado ele me fazia de mulher.
--- E a policia, não lhe prendeu?
--- Depois do acontecido passou um barco da Marinha e eu os avisei do ocorrido. Todo mundo das barrancas do rio sabia o que ele faziacomigo. A Marinha avisou a Policia que veio e me levou prá Corumbá. O Delegado me deixou uns dias no xilindró e depois de ouvir uns amigos meus me soltou dizendo que se não tinha cadáver não tinha crime. Isso já vai prá mais de dez anos e eu continuo aqui. Só que parei de beber.
Fiquei comovido com seu relato e passei a pensar o quanto estamos sendo estuprados por essa cambada que tomou o poder. Será que estamos bêbados e só percebemos no dia seguinte o que aconteceu? E quando percebemos, somos novamente estuprados e assim as coisas vão se sucedendo dia após dia?
Eu espero que um dia, seja pelos meus escritos, seja pela minha voz ou pelo meu voto, vingar-me tal qual fez seu Manoel.
Desculpe o desabafo, mas você passa uma semana longe das maracutaias e quando volta está tudo pior. Onde iremos parar?

Abraços
Carlos Montagnoli


recebido por e mail

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